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Nunca a raça Humana esteve tão conectada como nos dias de hoje. A comunicação é feita de forma praticamente instantânea entre amigos, família e profissionais, no entanto, com tantos avanços tecnológicos também surgem algumas desvantagens. Uma dessas desvantagens é o facto de que apesar de termos acesso a cada vez mais informação, também estamos mais susceptíveis a informação errada de fontes não-verificadas. Com tanta desinformação, artigos de opinião e propaganda torna-se difícil separar o que é conhecimento científico daquilo que é mito, moda e marketing.

Para aqueles como nós que por vezes encontramos dificuldade em encontrar o caminho para os nossos objectivos, quer sejam aumento de rendimento desportivo, saúde, perda ou aumento de peso através de melhorias de estilo de vida, exercício físico e alimentação, encontrarmo-nos a pesquisar informação online que justifique a falta de resultados, e por vezes encontramos informação que nos desperta para um novo paradigma, uma forma alternativa (e por vezes extremista ou restritiva) de abordar a nossa alimentação, algo que nunca tínhamos considerado fazer antes e que é, finalmente, o grande segredo que estávamos à procura! Quem já pesquisou um pouco sobre o tema provavelmente se deparou com algo do género; uma empresa, um profissional da saúde ou do desporto ou um influenciador das redes sociais que juntamente com o produto ou serviço que vende alia-se a uma ideologia que vai contra tudo aquilo que os profissionais da saúde e do desporto de base científica promovem – “Afinal estive a comer mal este tempo todo e por isso é que não tenho resultados (e já agora provavelmente por essa razão é que existe uma epidemia de obesidade na sociedade moderna)”.

É muito comum, mas não exclusivo, ver este tipo de prática com um público que procura melhorar a sua estética corporal, como praticantes de musculação e adeptos do fitness. Muitas vezes os resultados são notórios num curto espaço de tempo (em vinte ou trinta clientes há de aparecer um com uma genética excepcional que sirva como testemunho) devido a uma restrição calórica excessiva criada artificialmente pela limitação de certas variáveis alimentares e comportamentais, mas que potencialmente não fazem favor nenhum ao metabolismo, rendimento, humor, saúde, carteira e muito menos à educação alimentar e aos conhecimentos de índole teórico-científico adquiridos ao longo do processo. É aliciante acreditar no alternativo porque aquilo que não está no nosso controlo descarta-nos da responsabilidade de que os nossos resultados dependem muito mais do nosso empenho e dedicação a um projecto tão exigente como mudarmos os nossos hábitos alimentares e de estilo de vida, do que tomar suplementos milagrosos ou restringir grupos alimentares excessivamente.

Se houvesse uma fórmula milagrosa para melhorar a composição corporal e a saúde víamos mais pessoas com abdominais na praia e um Serviço Nacional de Saúde muito mais aliviado. Não existe uma dieta ideal para todos, o que existe são uma série de factores que requerem avaliação e análise precisa a fim de optimizar um plano ajustado às necessidades de cada um. Praticas musculação e queres perder gordura? Vamos restringir ligeiramente as calorias e aumentar a proteína, mas calma que os hidratos de carbono também são importantes! És maratonista e queres melhorar os teus tempos? Talvez seja mais benéfico aumentar o consumo de gorduras insaturadas uma vez que se trata de um desporto de endurance que não utiliza tanto vias energéticas anaeróbias. Queres perder peso mas não tens possibilidade de fazer exercício físico? Talvez faça sentido restringires alguns hidratos de carbono, mas quando se fala em restrição não estamos a falar de exclusão completa e sim em escolhas mais saudáveis e estratégias para aumentar a saciedade das refeições. Estás a preparar-te para uma competição de Crossfit? Prepara-te e bem, provavelmente vais ter que aumentar a ingestão de alimentos açucarados. És culturista? As regras convencionais não se aplicam a ti.

A alimentação mais adequada a ti pode variar das mais diferentes formas. Quando conhecemos muito bem o nosso organismo e sabemos interpretar os sinais à luz do conhecimento científico, o melhor nutricionista somos nós mesmos, mas sem a capacidade técnico-científica e os métodos de avaliação essenciais para apoiar a interpretação da nossa informação, a melhor opção é procurar um nutricionista certificado que seja compatível contigo e que detém a competência profissional da prescrição de um plano alimentar. Certifica-te que o profissional com quem trabalhas é legítimo, pesquisando o seu nome ou número de cédula profissional na Ordem dos Nutricionistas e denunciando a prática de exercício ilegal.


Rui Ministro – Nutricionista

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